Ontem eu morri
Em silêncio.
Deixei que meu coração
Aos poucos
Parasse de apanhar.
Rasguei velhos sonhos.
Esvaziei meus olhos.
Deixei que meu sangue
Escorresse
Pelas mãos pálidas
Do destino.
Larguei sonhos
Desfeitos
Refeitos
Dilacerados.
A beira do caminho
Restaram farrapos
Que tentavam
Em vão
Cobrir minha alma
Despida
Inerte
Calada.
Ontem eu morri.
Mas ninguem notou