Devaneios Pensamentos

Sobre Amanhã…

Por

Tenho me perdido ultimamente

a observar o tempo

O tempo que corre,

que voa.

Que imprime lentamente

com uma paciência infinita

pequenos sulcos

em minha pele…

Inexorável

Previsível

As vezes até

Abominável.

Sem cerimônia,

Despe a cor de meus cabelos…

Arranca o brilho

da pele…

Sem pejo,

tatua no espelho

a idade que não sinto.

Insiste em criar em mim

Um Eu que não reconheço!

Mas,

obra cruel e irônica,

seduz cada um dos meus passos…

Ri-se de mim!

E choro…

E rio…

Porquanto ainda me apaixono

E  brinco como outrora…

Insisto em permanecer criança!

Se te apetece,

Desculpa!

Flerto com o tempo

Inconsequente

Enquanto nego

O reflexo

Da máscara frágil,

Cujo brilho  se espalha…

Eternamente…

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