Devaneios Pensamentos

Entre paredes e versos…

Por

Quantas gargalhadas ecoam pelas paredes

Reverberam entre telhas e caibros

E, exaustas,

Por fim adormecem

Sobre o leito amassado

De nossos sonhos?

Quantos suspiros inacabados

Encharcados de suor e saliva

Trôpegos de ilusões

Párias de desejos

Desmaiam silentes sobre

As almofadas e omoplatas?

Ah! Quisera eu,

Louca e sã,

Entre meus cílios

Captar o momento exato

De tua renúncia.

E te volatizar etéreo

Nas entranhas do meu ser

Enquanto me curvo.

Indefinidamente.

 

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