Rendo-me finalmente.
Entrego-me a lassitude,
E vigio indolente o desfiar das horas…
Meus olhos baços já não enxergam…
Nem meus próprios passos
As vezes acerto…
No descompasso de tantas emoções,
No deslizar de lágrimas,
Que se quedam livremente
Entre as dobras do meu lençol…
Travesseiros jogados
Pela cama e quarto.
Roupas dispersas pelo tapete
Sobre sandálias e ligas…
Só tu dormes
Indiferente
Cálido.
Sobre meus cabelos
E orgulho.