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Mais uma vez vou pedir desculpas

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Mais uma vez vou pedir desculpas. Desculpem, mas considero um absurdo ter que falar sobre isso. Homossexualismo. Tempos atrás uma amiga me mandou um vídeo do youtube em que as pessoas na rua eram entrevistadas se achavam que ser gay era uma questão de escolha. As que respondiam que sim eram então arguidas em que momento elas próprias decidiram ser heterossexuais. Sim, porque se eu escolho ser gay, então também posso escolher ser hetero, não? Ah, não? Então vamos além: como foi que começou esta caça as bruxas mesmo? Em que momento foi que paramos de nos preocupar conosco e com nossas vidas pra passar a cuidar das vidas de terceiros?
Vejo hoje uma necessidade imensa, insana, de julgamentos. Você não dá uma moeda pra alguém que te pede porque você julga que ele vai gastar com drogas. Você vê uma pessoa correndo na rua, e conforme a roupa você já julga que é um ladrão. Você vê duas pessoas juntas de diferentes idades e julga que são pai e filho. Vê uma pessoa acima do peso e julga que é sedentária. Inclusive, você julga que a roupa está inadequada. “Essa roupa não te favorece.” “Essa cor não fica bem pra você.” “Por que você não tenta fazer uma bariátrica?” Não é assim?
Não nos preocupamos, nem nos questionamos em nenhum momento se a pessoa é feliz. Mais que isso, não paramos pra pensar o porquê de aquilo nos incomodar. Outro dia eu vi um post no facebook dizendo “Eu tenho um amigo negro e tenho orgulho disso.” Desculpem, mas eu não. Não tenho amigo negro? Não me orgulho? Não. Amigo é amigo. Nunca parei pra pensar quantos amigos tenho que são negros, loiros, pardos, amarelos, gordos, magros, altos, baixos, gays, heteros, bissexuais, homens, mulheres, espíritas, evangelicos, católicos, etc… Amigo é amigo. Não precisa ser catalogado. E juro que não consigo entender essa necessidade que as pessoas tem em rotular as outras.
Você já pensou como é complicado ser feliz? Tudo o que você precisa? Quantas atribuições você tem? Quantas pessoas dependem diretamente de você? Eu pelo menos acho que ser feliz é uma coisa extremamente complexa. No meu conceito de felicidade, eu preciso estar bem de saúde (e pra isso preciso me alimentar direito, praticar atividade física, etc), mentalmente (ter acesso a cultura, bons livros, boa música), não me estressar com tempo e prazo, evitar roupas apertadas e saltos altos, preciso poder olhar o mar sossegada, boas noites de sono, que minha família esteja bem também… Sem contar o trabalho. Trabalhar fazendo algo que goste, gostando de ir para o trabalho.
Bom, com tantas variáveis no conceito de felicidade, ainda achar tempo para se preocupar com a vida dos outros é uma coisa absurda. Eu penso que seja. Ou então podemos simplesmente nos lembrar que não somos Deus e não temos o direito de julgar e nem de condenar ninguém. E ai, neste caso, vale outro post que vi: Não tenho tempo para odiar ninguém, estou ocupado demais sendo feliz.

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