Quantas gargalhadas ecoam pelas paredes
Reverberam entre telhas e caibros
E, exaustas,
Por fim adormecem
Sobre o leito amassado
De nossos sonhos?
Quantos suspiros inacabados
Encharcados de suor e saliva
Trôpegos de ilusões
Párias de desejos
Desmaiam silentes sobre
As almofadas e omoplatas?
Ah! Quisera eu,
Louca e sã,
Entre meus cílios
Captar o momento exato
De tua renúncia.
E te volatizar etéreo
Nas entranhas do meu ser
Enquanto me curvo.
Indefinidamente.